Textos

Marcada
Conheço a solidão em pura essência,
Patética na lúgubre clausura.
Divide-a comigo o tempo e a ausência
E o tempo diz-me altivo: trago a cura!


Eis-me à solidão!...   E dela padeço
Assim, chega-se a mim, vira-me o rosto
Hei de vingar-me, um dia, a qualquer preço
Provada ao próprio fel do meu desgosto.


Dia haverá o mundo em rebeldia,
Que as sobras placentárias da agonia,
As águas levarão com igual ternura...


Da nova estrela ao céu vestida apenas,
Por brilho intenso, a ver, suas melenas
A fronte marcará da Criatura.


Canoas, 01 de julho de 2008/RS
Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 01/07/2008
Alterado em 20/11/2008
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários