Textos





Escárnio



Com ele é que eu não bebo... Que defeque
Nas babas dos dois olhos vis do diabo.
E berre a berração, abane o rabo
E a noite que se torça e o copo seque.


O zumbal é o zumbir da zomba fora
O zênite brutal que ao mundo imunda.
Gritedo da geral: Olha o corcunda!
De quatro, passa mal : - Me cura, agora!


Não quero, não te curo! Te catá!
Calaram-te a infância e a ventura?
Ah! E as mágoas que acabas de pisar?


Pois nunca me verás de corpo inteiro.
Nas dores onde banhas a feiura,
Não podes mais entrar! Cheguei primeiro!



Canoas. novembro de 2011/RS
Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 07/11/2011
Alterado em 15/08/2014
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