Textos

Sonhos retirantes
No intento de alargar a existência,
Vêm sonhos visitantes pro café.
Com fome trazem dor e a insistência,
Da vida a repetir: Sou no que é!


Junto à mesa, há um silêncio compungido.
E o chão,(esse  bárbaro coveiro)
Obsceno quer meu corpo por inteiro,
E o sol do meu olhar amanhecido.


Meu ser há de se haver na letra lida.
Plágio do meu  eu, e a preterida,
Uma alma que ousou querer ser verso.


E o amor, declarando-se infecundo:
- Serei da outra (a mais  feliz do mundo)
Seca, e  morre na margem do Universo.

Canoas, 19 de fevereiro de 2008/RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 19/02/2008
Alterado em 10/04/2009
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