Textos

Úmida
Acorda o céu com um som retumbante.          
De negra pata à boca dos trovões.
Pisoteando a noite o éon plasmante,
Na cabeleira em circunvoluções.


Acode-me! Mostre tua amorfa tez,
Às carnes acometidas de dor.
Nos mistérios a cumprir à vez,
Da mente-corpo a esculpir amor.


A umente sensação festajaria,
Ao deixar livre, o ser, ave vadia,
Vadiar no impudor dos vendavais.


Com suores da corpórea atmosfera,
A face ingênua e pura da monera,
O vulto dos meus pés nos temporais.

Canoas, 15 de março de 2008/RS


Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 16/03/2008
Alterado em 10/04/2009
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários