Textos

PODAS *
Por onde nasce um sonho se o vazio
Abriga o meu espaço de pensar?
Ó tempo, me degradas! Como és frio!
De frio pode-se um sonho alimentar?

Morreu a melhor hora... Eu pressentia!
Quando nas mãos da noite ainda morna,
A dor a lhe surrar ... Que covardia!
Um vulto solto ao ar que foi-se embora.

Quando eu for terra morta da semente,
Brincarem água e ar na mesma roda,
O fogo viverá noutra nascente?


Por ti não lutarei! És fraca, ó vida!.
Se o tempo te maltrata ao fazer podas,
Que sonho restará? Uma ferida?


Canoas, janeiro 2012/RS
Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 17/01/2012
Alterado em 15/08/2014
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