Textos

ROCHEDOS *

O quanto me interroga o mesmo nada!
Qual linguagem falar aberta e livre?
Alguém a visitar? Mas já não vive!...
Ter sempre de crescer... Que o pranto evada!

Por que tanto rigor a cada passo?
O impróprio passo se pensar o mal,
Vem o amor, se intromete por igual,
Pedir-se inteiro no tudo que eu faço!

Por que, se a uva é filha do vinhedo,
Mostrá-la sem que queira dar-se a ver,
Bater-se todo o dia num rochedo?

Sob efeito do nada firme ao pé,
Do chão do ser o nada a me mover,
Oh, vida! Ter-me-ás na mesma fé?

Canoas/RS


Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 09/07/2012
Alterado em 13/08/2014
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